quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O que realmente importa

Estava conversando com um amigo no msn, sobre como estou gostando de Roma e ele me perguntou se não ia achar tudo sem graça quando voltar para o Brasil. Minha resposta é que ser diferente não quer dizer ser ruim, ou sem graça. E que nenhum país, cidade, festa ou o que quer que seja é bom se as companhias não forem boas. Para mim o mais valioso da vida são as pessoas que amo, que estão em sua maioria no Brasil. Então vou ficar um pouco triste quando voltar, claro, mas por outro lado vai ser muito bom estar mais perto delas.

Pensando nisso, é fácil entender porque gosto tanto de Roma. Conheci pessoas aqui às quais vou querer bem pra sempre, independente de nos encontrarmos novamente ou não.

Não estão todos aqui, mas quase todos! :-)



Alba: adoro!!!



Renata (chefe). Mais uma das várias pessoas que não gosto muito quando conheço pela primeira vez e que depois adoro! :-)



Meu time, quase completo!



Luigi, o chefe mor!



Cláudio e Silvia, que também estavam comigo em São Paulo e no Revellion em Praga


Eu e João, na Piazza di Spagna




Flatmates: Sara e Sílvia, no nosso primeiro jantar no apto




Eu e Felipe, tomando um shot muito bom, em copinhos de chocolate e com chantily em cima




Silvia e Dora, no barzinho perto do Coliseu, ouvindo MPB

Eu e Anabella



Matheus e Vlada

ROMA – Parte 3 – Curiosidades Aleatórias

Engraçado como a gente se acostuma rápido com as coisas. Na primeira semana, quando cheguei, pensava sempre em milhões de coisas pra escrever no blog. Agora tudo parece normal. Mas vou tentar lembrar de algumas coisas que me chamaram a atenção:

  • Exitem fontes pequeninas nas ruas, por toda a cidade, com água potável. Tem um buraquinho em baixo e um em cima. Normalmente a água cai pelo de baixo, mas você pode tampar com o dedo e aí ela sobe, como em um bebedouro.
  • Existem vários quiosques que vendem flores e ficam abertos 24 horas por dia, 7 dias por semana. No começo achamos estranho. Explicaram que o aluguel é bem barato, mas o lugar é pequeno, então não cabem todas as flores. E é mais barato pagar algum imigrante ilegal pra passar a noite vigiando do que alugar um lugar maior. Mas me disseram também que essa é a explicação oficial e na verdade a maioria desses quiosques é de pontos de venda de drogas.
  • Não existe garagem (acho que porque as construções são antigas, mas também porque espaço aqui vale muito, então não “gastam” com isso) então as ruas estão sempre cheias de carros estacionados, a qualquer hora do dia ou da noite. Na primeira vez que voltei pra casa de madrugada, achei que era alguma festa.
  • O tráfego em Roma é caótico (o tráfico, pelo contrário, é extremamente organizado - viu, Nina, aprendi!) e é muuuito difícil achar lugar pra estacionar. Então tem um mooonte de Smarts pelas ruas (o carrinho minúsculo da Mercedes). Pra mim o mais engraçado é quando eles estacionam no espaço reservado para as motos, ou quando param igual na foto aqui em baixo.
  • Ao contrário da Eslováquia, onde nunca vi nenhuma (nenhuma mesmo!) moto, aqui tem um monte (talvez pelos engarrafamentos), principalmente Scooters. A diferença é que elas sempre têm um “para-brisas” bem grande (foto abaixo também).
  • Os italianos nem são tão bonitos quanto ouvi falar. São muito bem arrumados, porque são metrossexuais (pra quem não sabe o que é, são os homens muito vaidosos, extremamente preocupados com a aparência. E que por isso acabam parecendo gays). Mas não quer dizer que sejam bonitos.
  • Sim, é maravilhoso comer pizza, macarrão, sorvete... apesar de ser tudo diferente das versões brasileira, é muito bom ter as várias opções. Tipo pizza por 1 euro no barzinho da esquina, ou um restaurante chique de massas, com várias opções estranhas (mas .
  • Todos os italianos fumam! Muito! (Tá, não são todos, mas os que fumam o fazem pelos que não fumam, aí compensa :P)
  • No trem que pegamos para ir pra casa ouvimos espanhol o tempo todo e no ônibus, de madrugada, sempre inglês. Fora isso tem muito turista e imigrante nas ruas, lojas, bares... e eu não sei reconhecer mas dizem que tem muitos romenos, que de acordo com a Sara “estão para a Itália como os nordestinos estão para São Paulo ou como os mexicanos estão para os Estados Unidos”.
  • Nunca vimos nenhuma casa, só prédios de apartamentos.

Por enquanto é só. No fim de semana começa a conferência, então devo dar uma sumida de novo... esperem próximas notícias, talvez de Roma, talvez de... sabe-se lá de onde!


Ruínas do Fórum Romano




Tomando "gellato italiano" - claro que aqui eles não falam o italiano, só o "gellato"!




Quero uma Scooter ou um Smart! Considerando que está chovendo quase todo dia, melhor o segundo! :-)




Ainda sobre Roma

Obs: Era pra eses post vir depois de "Roma 3 - Curiosidades Aleatórias", mas não consegui tirar ele daqui, então fica primeiro mesmo.


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Oi Thay! Ia responder seu comentário por e-mail, ou lá nos comentários, mas acho que você merece um post especial, já que sempre comenta em todos os posts :-) e é quase sempre a primeira.


Tô apaixonada pela Itália já!! Tem tudo isso que eu falei de ruim e muito mais, só que ao mesmo tempo tem vida! Quando é organizado demais é tudo muito sem graça. Aqui tem movimento, tem gente diferente, tem ação, tem emoção!


E tem pizza, macarrão e sorvete (os melhores do mundo) em toda esquina (só isso já bastaria hahahaha). Tem pessoas falando italiano (amo essa língua!). Em Roma tem as fontes, as estátuas, o Coliseu! Tem o Campi de Fiori, com vários barzinhos legais, tem também o Trastevere, com as boites, pra todo tipo e gosto. Tem gente de tudo quanto é canto do mundo. As pessoas te ajudam a qualquer hora e em qualquer lugar, são super simpáticas. As músicas que tocam na rádio são ótimas (ahhahahhaha). Tem as roupas e sapatos mais lindos (e mais caros!) do mundo.


E está na Europa, né? Apesar de toda a desorganização, o transporte público é muito bom (quando não atrasa :P). É muito conveniente, você acha qualquer coisa que precisar, faz muita coisa em máquinas (tipo pra comprar coisas, desde comida a ingresso de show). Tem a parte histórica em cada esquina e mesmo que você não saiba nada de história (como eu), não tem como se impressionar. Em Roma tem ainda a parte religiosa, que, assim como a história, impressiona mesmo os menos religiosos, pelo poder, pela imponência, pelas conquistas.


E isso que eu só conheci Roma. Ainda tenho que ir em Florência, em Veneza, em Milão. Sempre quis conhecer a Itália e apesar do pouco tempo que passei aqui, já estou completamente apaixonada e já me sinto italiana de coração!



E já que o post é pra vc, não podia faltar muitas fotos, né?



Sei que a foto tá ruim, mas sou eu, num barzinho MUITO legal, com o Coliseu ao fundo. Foi a melhor foto que consegui, considerando a luz e o vidro atrás que refletia o flash.



Comendo castanha cozida (mãe, você ia adorar, tem em toda esquina também!)



Mais uma fonte (acho que é na Piazza Navona... já sei chegar nos lugares, mas ainda confundo os nomes. É muita Piazza :P)



Tá vendo como o rio tá baixo? Em dezembro a água estava quase alcançando a ponte...



Pra começar e pra terminar: AMO passar pelo Coliseu todo dia, poder ir lá encostar na parede. Não é como algo antigo, distante, uma área reservada. Ainda não entrei lá, dá até pra ver lá dentro pelos buraquinhos. Acho muito legal ele ser tão acessível e estar tão no meio da cidade, com os pontos de ônibus e estação de metrô bem do lado. Ainda não me cansei de ficar olhando toda vez que passo perto (pelo menos 1 vez por dia).



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ROMA – Parte 2 – Dia a dia


No primeiro dia de trabalho tivemos uma atividade de “team building” assim: em grupos de 4 ou 5 pessoas, tínhamos que ler uma pista, descobrir qual era o ponto turístico do qual ela falava e ir pra lá pegar a próxima pista. Em cada ponto, tínhamos que tirar fotos com pessoas desconhecidas. Foi bem legal, conheci todos os principais pontos turísticos de Roma, menos o Vaticano.


Meu time: Igor (Macedônia), João (Portugal), Martina e Emanuelle (Itália)


Coliseu


Piazza Venezia, com o Palácio de Mussolini



Dentro do Panteão (estava chovendo lá dentro, então era pra ser engraçada a foto, mas não dá pra ver :P)


Durante a semana venho para o trabalho todos os dias por volta das 9h da manhã (depende do trem, se está atrasado ou não). Tenho que sair uma hora antes, andar uns 10 minutos até a estação de trem, pegar o trem por 20 minutos, depois pegar um metrô. Trabalho com finanças, somos eu e minha chefe (Renata, brasileira também).

Eu e a Renata (chefe) no Fórum Romano




Tem várias fontes por Roma, acho que essa é na Piazza Navona Adoro as fontes! A minha favorita é na Praça da República, mas não tem nenhuma foto boa ainda.


Fontana di Trevi


Normalmente almoçamos num barzinho ali em baixo. Quase sempre como pizza “al taglio” (é retangular, você pede um pedaço e paga pelo peso). Mas também já comi macarrão, Supli e Arancine (que pra mim são a mesma coisa: bolinho de arroz mal com molho de tomate e recheio de queijo, frito). Ah! Aqui eles não cozinham direito nem o arroz nem o macarrão. E tem pizza vermelha (com molho de tomate) ou branca (sem molho de tomate). A de presunto é sempre branca. Tem pizza de berinjela, de abobrinha, de batata frita, de pepino... pizza doce, só de Nutella. E nunca coloque katchup ou maionese na pizza, se não quiser ofender um italiano.

Falando em comida, outro dia o casal que está hospedando a gente nos convidou para um jantar especial. De entrada, nachos mexicanos com guacamole e cubinhos de queijo com sabor. De entrada, penne com champignon e bacon. De prato principal, filhote de carneiro, acompanhado de batata sotê e abobrinha assada com alguma coisa em cima. Sou muito chata pra comer (quem me conhece sabe) mas comi tudo, bem direitinho, e achei bem gostoso. De sobremesa, algo americano que a au-pair deles (Sara), fez pra gente. Muito bom também. Jantar acompanhado por vinho italiano e o melhor da música brasileira (eles apreciam muito música brasileira por aqui, o CD que o cara colocou pra tocar era ótimo, Marisa Monte).


Jantar: Alba (de Malta), Irene e Nicolla (casal italiano que nos hospeda), Sara (Brasil), Silvia (Romênia) e Sara (EUA).


No fim da tarde normalmente vamos fazer alguma coisa, às vezes passear, comer pizza, tomar sorvete, beber alguma coisa. Ou distribuir panfletos da conferência. Uma coisa que adoro em Roma é que o Coliseu é bem no meio da cidade, e é perto de onde estamos, então é ponto de referência. Sempre nos encontramos lá pra ir pra algum outro lugar. Ou então na Piazza Venezzia, onde tem o Palácio de Mussolini, que é onde pego o ônibus pra casa à noite. É bem legal passar nas ruínas e nos pontos turísticos famosos o tempo todo.

Meu time: o Comitê Organizador da conferência, quse cocmpleto, no Panteão


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ROMA – Parte 1 – A Chegada


Olá pessoas! Desculpa a demora, já estou há mais de 15 dias em Roma e ainda não postei nada aqui... mas agora vai um monte de uma vez hehehehe. Vou dividir em partes pra ficar menos chato.

Quando estava quase saindo de casa para pegar o trem, de Žilina para Bratislava, meu roomate foi me ajudar a carregar a mala e me lembrou que eu tinha limite de peso. Não tinha nenhuma balança perto (não tem balança em farmácia aqui, que é onde eu pesava no Brasil antes de viajar), mas chcegamos a conclusão de que eu tinha pelo menos 35 kg e poderia levar só 20. Como eu tinha só 10 minutos pra pegar o ônibus, tirei só as coisas mais pesadas como bebidas (estava trazendo cachaça para o Global Village), lá shampoo (poderia comprar aqui), cremes e perfumes (alguns não preciso, se precisasse poderia comprar aqui). Mesmo assim a mala estava muito pesada. Como foi para Bratislava no sábado, passar a noite deixei metade das roupas lá, na casa do MC da AIESEC, onde dormi. Peguei o avião no domingo de manhã. Chegando em Roma peguei um trem e foram me buscar na estação próxima ao escritório.

Sempre quis conhecer a Itália, e tinha expectativas bem altas. E ao invés de comparar com o Brasil, ou com a Nigéria, claro que comparei com a Eslováquia (comparei com todos, mas o impacto maior foram as diferenças de onde estive por último).

Primeiras impressões: tudo sujo, pichado, mal cuidado. Trens atrasados, um frio sem graça (sem neve), ventando muito, céu cinza. Pessoas esquisitas, trens atrasados, tudo muito caro. Acho que pelas expectativas altas, acabei me decepcionando um pouco. Não fiz nada no domingo, só conheci as pessoas que vão trabalhar comigo e fui pra casa.

Ah! Já ia esquecendo! O que vim fazer aqui?

Pra quem acompanha o blog desde o começo, deve lembrar que eu passei 2 meses em São Paulo, ano passado, organizando uma conferência internacional da AIESEC. Aqui é o trabalho é a mesma coisa, mas a situação um pouco diferente. Em Sampa éramos 55 pessoas, morando juntas em um hotel. Criamos laços muito fortes, porque ficamos confinados lá todo o tempo.

Aqui somos 25 pessoas, 10 em um apartamento alugado, 5 em um hostel, 2 em casas de família e eu, a Sílvia (romena que trabalhou comigo em SP) e a Sara (brasileira) na “casa de visitas” de uma cobertura de um casal italiano, no subúrbio de Roma (tá, essa última frase foi só pq achei “chique”). Temos nossa cozinha, nosso banheiro, nossa chave. Só que fica fora de Roma, meio atrás do Vaticano, daí temos que pegar um trem e um metrô todo dia pra vir pro escritório, o que demora cerca de uma hora. E se viermos bem cedo, junto com o resto do mundo que está indo trabalhar, tem hora que não cabe todo mundo e temos que esperar o próximo. Fora essa demora no tráfego, acho que nós 3 ficamos no melhor lugar (os outros têm q dividir o banheiro com muita gente).

Mais do meu dia-a-dia no próximo post.