sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Dia 0

Chegando no aeroporto a primeira coisa que vi foi um monte de gente brigando, gritando muito, acho que uma mulher tinha sido barrada na porta do avião sei lá porque. Passei esse povo e fui pra fila da imigração, atrás da mulher branca do avião e seus dois filhinhos. Ficamos lá uns 10 minutos e de repente um cara começou a gritar com a gente porque a gente tava na fila errada, que ele queria ir embora, achou que tinha acabado o trabalho dele e de repente chegam duas idiotas que não sabem nem pra onde ir... foi uma péssima primeira impressão, todo mundo gritando com todo mundo, funcionários brigando entre si... não via a hora de sair dali.

Chegando lá de fora o David, carinha da AIESEC que eu conhecia por internet estava me esperando com mais dois amigos. Pegamos um táxi (depois de uns 20 minutos de “barganha” – já é normal cobrar mais caro pra negociar, quando vêem uma pessoa branca, então, mais que o dobro... daí eu tenho que ficar longe, esperar o povo negociar e depois aparecer :P) e fomos deixar minhas malas no apartamento onde eu ia ficar nos primeiros dias. De lá fui pro escritório da AIESEC, onde dormi a primeira noite.

Primeiras surpresas: cadê o papel higiênico? Não tem! Ah, que legal, tem uma banheira! É, pq não tem chuveiro, é banho de balde, então precisa da banheira pra não molhar o chão. Cama? Não, colchão no chão. Travesseiro? 2 pra 10 pessoas (tinha umas 20 pessoas dormindo lá. Água? Vamos lá embaixo comprar pra você uma da Coca-Cola Company, essa que a gente bebe é embalada mas não é segura. Comida? Dei uma olhada e resolvi deixar para o outro dia. Geladeira? Não existe. Fogão? Nada, fazem um foguinho no “terreiro” e cozinham por ali mesmo. Energia elétrica? Na hora que eu cheguei tinha, depois acabou. Temperatura à meia-noite: por volta dos 28ºC. Encanamento? Valas nas ruas (cuidado pra não pisar na poça de cocô). Pelo menos falam inglês, né? Comigo sim, mas entre eles tem um tal de pigim (não sei como escreve), q é um inglês “quebrado” como eles mesmos dizem e pra falar com as pessoas na rua é o Yorubá, dialeto local. Ou seja, só entendo quando falam comigo, e mesmo assim depois de repetirem algumas vezes.

É, depois disso tudo, melhor ir dormir pra assimilar tudo.

2 comentários:

Klerisson Paixao disse...

Caramba! Diversidade na flor da pele hein!

Anônimo disse...

Aiii luna que bom que voce veio aqui escrever.. ja tava muito curiosa!!

E viva a diversidade! Quanta coisa diferente...

Se cuida! Beijossssssss
Gabii