domingo, 28 de dezembro de 2008

BUDAPESTE (20/12/2008)

Fui pra Budapeste pra conhecer a cidade, claro, mas também pra visitar a Ba, minha amiga do Brasil que está morando lá (e que tem uma vida no mínimo interessante, vou escrever sobre ela em outro post). Chegando em Budapeste tinha que pegar o Metro e um Tram (ônibus/trem) para chegar na casa dela. Para isso, precisava de moeda húngara (Forints) mas não tinha nenhuma e não achei nenhum lugar pra trocar. Vi um homem ajudando um grupo de japoneses a comprar os tickets e pedi ajuda também. Ele trocou o dinheiro pra mim e comprou o ticket. Na verdade ele me pediu muito mais euros do que o necessário, mas como eu não conseguiria comprar sem ele, não reclamei. Tudo é bem sinalizado, então segui as instruções da Bá e cheguei sem problemas.


Quando desci do tram já fiquei impressionada. A cidade é suntuosa e imponente, com prédios enormes e antigos, um do lado do outro, pra qualquer lado que a gente olhe. Imagino que tudo é muito bonito sempre, e com as luzes de natal por todos os lados então, mais bonito ainda. O apartamento da Ba é num desses prédios, no centro, e é super charmoso por dentro.


Rua aleatoria em Budapeste, no fim da tarde


Na primeira noite fomos para um ‘night club’ que chama Morisson 2. Tem duas pistas de dança, uma parte externa tipo jardim que abre no verão, um andar de jogos (sinuca, pimbolim, dardos) e uma sala de karaoke. Foi muito diferente da Eslováquia: apesar do ambiente ser bem parecido fisicamente, na boite que fui na Eslováquia todo mundo já estava caindo de tonto à meia-noite, as pessoas eram bem novas e só interagiam com o próprio círculo de amigos. Em Budapeste tinha tudo quanto é tipo de gente, de todas as idades, vários estilos de roupa, dançando, sentados, conversando. Tinham também vários casais ‘se pegando’, como diz a Ba, e muita paquera (nas minhas já 4 semanas na Eslováquia, nunca vi nenhum sinal de paquera, em lugar nenhum).


Eu, Ba e Anula (polonesa) num Mercado de Natal bebendo vinho quente

Durante o dia passeamos pela cidade, mas não sei contar muito porque estava com uma Brasileira e uma Polonesa (Anula, que mora com a Ba) que não sabem nenhuma informação turística. O que não me impediu de achar tudo lindo e aproveitar muito. Pena que, mais uma vez, as fotos ficaram ruins porque não tinha luz. Sei que fomos na Ópera, na ‘Chain Bridge’, na Catedral e no Castelo. E vi também o Parlamento e o a Praça Principal. E claro, vários mercadinhos de Natal. Em um deles bebemos vinho quente e comi um pãozinho muito gostoso, que não faço idéia do nome. Em outro, vimos uma apresentação de dança húngara, misturada com um teatrinho.


Catedral


À noite fomos a um cinema alternativo, com uma decoração bem diferente e que tem também apresentações culturais e umas “lojinhas”. Achei vários CDs brasileiros pra vender. Depois do cinema tentamos ir a uma Tea House (casa de chá) mas estava fechada, então fomos para o Zsimplá. Não sei definir o que é o lugar, só sei dizer que olhando de fora, nunca entraria lá. É num lugar escuro e estranho. Mas lá dentro é bem aconchegante (por mais estranho que seja ter cabeças de bonecas penduradas como decoração, e isso ser até normal perto do resto). Tem uma parte que é tipo bar, um jardim que abre no verão e uma sala cheia de sofás que vende chá e tem internet sem fio de graça. Tomei um chá de flores, as meninas tomaram chás indianos e fomos pra casa às 3 da manhã.


Cha de "Pink Flower"


No último dia acordamos tarde, almoçamos arroz, feijão e farofa (cozinhamos em casa) e fomos comer panquecas de sobremesa com uma amiga da Ba, que é indiana, mas morava em Budapeste e agora está trabalhando em Paris. Depois eu e a Ba fomos patinar no gelo. No começo desequilibramos muito, mas depois estávamos até que patinando direitinho... e não caímos nenhuma vez! À noite fomos para o Morisson 1, que é menor que o 2 mas bem parecido. Era segunda-feira, dia em que o lugar fica cheio de internacionais. Conheci alguns brasileiros (de BH) e bebi cerveja húngara (3 copos de meio litro por R$5,00).


Quando a Anula me perguntou se eu gostava da Eslováquia e eu respondi que sim, ela acrescentou: “Sério? Aquele é o país mais ‘boring’ do mundo!” Não quis traduzir boring porque pra quem sabe inglês a palavra diz mais que a tradução, que é algo como entediante.


Quatro horas da tarde em Budapeste: Chain Bridge e Buda Caslte ao fundo


No ônibus de volta para a Eslováquia fiquei pensando: é realmente a Eslováquia é bastante ‘boring’, principalmente se comparada a uma cidade tão viva quanto Budapeste, com tantas opções diferentes de lugares para ir e coisas para fazer, onde quase todo mundo fala inglês e pode-se trocar dinheiro a qualquer hora. E isso que estávamos no inverno, e as pessoas reclamavam que tem pouca coisa pra fazer e preferem o verão. Mas para mim, a Eslováquia não é entediante, é tranqüila e pacífica. E me senti bem em estar voltando ‘pra casa’ depois do fim de semana eletrizante em Budapeste.

2 comentários:

Nina disse...

É lá naquele castelo que o Buda mora??
shauhsausahusah

Ana Paula Rende disse...

Lulu, todo mundo sempre fala que ler seu blog é praticamente ouvir você contar as histórias e é mais que verdade.
Muito legal tudo que você está vivendo!
Saudade